A importância de impor limites

21:01 Tia Vera 0 Comments


Hoje resolvi falar sobre um tema complicado, como colocar limites nas crianças. A geração de agora preza a permissividade na educação dos filhos, se por um lado isso permite a aproximação de pais e filhos, por outro vejo que os pais muitas vezes ficam perdidos na hora de impor regras e limites.

Mas o que são limites?
Limites são regras de como o mundo funciona. De maneira simples, estabelecer limites é determinar aquilo que pode ou não pode. É considerada a base da cidadania. Quando não existem limites, a criança ou adolescente terá dificuldade para se adaptar à vida em grupo. Pode se transformar em um sociopata, uma pessoa que não respeita as regras da sociedade em que vive. 

A falta de limites tem conseqüências negativas para a criança e seu desenvolvimento, afinal a criança que não aceita regras terá dificuldades para conviver com os outros.
Os limites ajudam a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação. Ela tem que apreender a esperar sua vez, a compreender que existem outros e que precisa compartilhar. A insuficiência de limites pode conduzir a uma desorientação, a uma falta de noção dos outros, de respeito e até à criminalidade em alguns casos extremos.
Colocar limites não significa ser autoritário, mas sim ter autoridade. 
Por meio dos limites os pais ensinam a criança a respeitar-se e a respeitar os outros. Dizer não para uma criança, e ensinar-lhe que ela também pode dizer não quando alguém quiser lhe impor atitudes ou comportamentos. Na medida em que os pais percebem as necessidades da criança, as identificam e as apontam, ela poderá também identificar quais suas próprias necessidades.
Estabelecer limites pode ser fácil, seguem aí algumas dicas:
1-Regras Claras
O ponto de partida para impor um limite é explicar o porquê dessa imposição. Se o filho compreende o motivo da criação de uma regra ficará mais predisposto a obedecê-la. Isso também o ajudará a construir uma consciência própria de que valores de comportamento são importantes. Na hora de dar uma explicação é importante ser direto para não distrair a criança com rodeios desnecessários. É só dizer: "Empreste os seus brinquedos, porque assim seus amiguinhos também vão emprestar os deles para você". 

2-Dê um aviso
Dê um aviso antes de tomar uma atitude, para que a criança reflita sobre o que está fazendo e mude de atitude. Porém faça só 1 aviso, pois se avisar mais de uma vez a criança tende a pensar que nada irá acontecer com ela.

3- Não ameace
Se você fizer uma ameaça a criança pode negar a oferta. Por exemplo, se ameaçar "se você não tomar banho agora não irá no parque à tarde", você dá margem a recusa do parque. Pode ser que a brincadeira do atual momento seja mais interessante que o parque e a criança simplesmente vai recusar a "oferta". 
Porém, uma vez que a ameaça tenha sido feita, você terá que cumprir para não perder a autoridade!
4-Não suborne
A criança pode se acostumar rapidamente a negociar o prêmio, esquecendo que a verdadeira função de uma regra é fazer o melhor para ela e para as outras pessoas. 
5-Mantenha a calma
Eu sei que é muito difícil controlar a raiva diante de uma birra ou quando a criança age de maneira cínica. Mas pense, você é o adulto! Pense: ela só tem X anos, é só uma criança e eu a amo muito! Conte até 10 e dê dois passos para trás. 
6-Coerência
Pai, mãe, avôs, avós, madrinho, padrinha, tios, professores da escolinha… muita gente para uma criança só, né? Então trate de combinar quais são os limites a serem ensinados à criança. Caso opte por dar explicações sobre a regra, também combine isso. Nada pior do que cada um ter limites e versões diferentes, pois a criança nota isso rápido e pode acabar não seguindo nenhuma… ou seguindo a que lhe for mais interessante (não seja ingênuo, eles sabem muito bem avaliar isso desde cedo).
7-Entre em Ação
Se seu filho não respondeu a nenhuma das ações anteriores, você precisa fazer algo.
Pegue-o no colo ou pela mão e o leve para o quarto. Diga firmemente ‘você é bem-vindo para se juntar à família assim que estiver pronto para fazer o que pedi’, e deixe-o sozinho.  E claro, seja firme. Deixe-o ali até que conclusa que sua atitude está errada e peça desculpas, mostrando seu arrependimento.
8-Dê o exemplo
Esteja ciente de que você e os outros adultos que circundam seu filho servem de modelo para ele. Assim, a criança vai copiar alguns de seus atos primeiramente em brincadeiras, mas, em seguida, nas situações reais. Portanto, esqueça o ditado “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Ele pode servir para outras situações, mas nunca com seu filho.

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